Japão concede subsídio para testes de biomassa no Vietnã

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Subsídio permitirá que a Erex realize estudos sobre o uso de combustíveis de biomassa em instalações existentes no país, visando reduzir o consumo de carvão e as emissões de gases de efeito estufa

O governo japonês aprovou um subsídio para a empresa Erex Co., Ltd., destinado a testes de co-combustão de biomassa em usinas termelétricas a carvão no Vietnã. A iniciativa faz parte de esforços para avaliar alternativas energéticas e contribuir para a meta vietnamita de neutralidade de carbono até 2050.

A decisão foi anunciada no último dia 11 pela Agência Japonesa de Recursos Naturais e Energia. O subsídio permitirá que a Erex realize estudos sobre o uso de combustíveis de biomassa em instalações existentes no Vietnã, com o objetivo de reduzir o consumo de carvão e as emissões de gases de efeito estufa.

Crescimento da demanda e alternativas energéticas

O Vietnã registra um aumento anual de aproximadamente 10% na demanda por eletricidade, o que tem ampliado a necessidade de importação de combustíveis fósseis.

Nesse contexto, alternativas sustentáveis estão sendo analisadas para diversificar a matriz energética. A co-combustão de biomassa surge como uma possibilidade para contribuir com a redução das emissões de carbono e da dependência do carvão.

O Japão anunciou investimentos de até US$ 20 bilhões em projetos de energia de baixo carbono no Vietnã. O Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC) e empresas privadas lideram esses investimentos, distribuídos em 14 projetos, incluindo parques eólicos.

Ito Naoki, embaixador japonês no Vietnã, declarou que o Japão pretende apoiar empresas japonesas interessadas em atuar no mercado vietnamita de descarbonização.

Por fim, vale reforçar que a Erex, especializada em energias renováveis, estabeleceu uma meta para 2030, visando ampliar sua atuação no setor elétrico com foco na biomassa. A empresa pretende expandir suas operações tanto no Japão quanto internacionalmente.

Relatórios indicam que o Vietnã tem superado as metas de descarbonização previstas em seus Compromissos Nacionalmente Determinados (NDCs), conforme o índice de Economia Net Zero 2023 da PwC. O avanço sinaliza um progresso na redução das emissões de carbono e no fortalecimento da segurança energética do país.

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