Setor de biocombustíveis registra crescimento nas vendas de etanol em fevereiro

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2,7 bilhões de litros foram comercializados no mercado interno, segundo a UNICA

As vendas de etanol no Centro-Sul do Brasil atingiram 2,8 bilhões de litros em fevereiro de 2025, segundo dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). O crescimento do mercado reforça o papel do biocombustível na economia e na transição energética do país.

O volume de etanol hidratado comercializado internamente chegou a 1,71 bilhão de litros, um aumento de 0,64% em relação à safra anterior. Já o etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, teve um crescimento de 2,04%, alcançando 996,61 milhões de litros vendidos.

O diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, destacou que o biocombustível tem proporcionado uma economia significativa aos consumidores.

“Desde o início da safra, a redução de custo oferecida pelo biocombustível no mercado interno já superou R$ 8,0 bilhões de reais. Em outras palavras, se não tivéssemos etanol no mercado nacional, os consumidores teriam gasto R$ 8,0 bilhões a mais nesta safra para rodar a mesma quilometragem”, afirmou Rodrigues.

Expansão e desafios do setor

No acumulado da safra 2024/2025, a comercialização de etanol no Centro-Sul alcançou 32,62 bilhões de litros, um crescimento de 9,54%.

Enquanto a produção de etanol hidratado aumentou 15,92%, o etanol anidro apresentou uma ligeira queda de 0,32%. Mesmo com uma redução de 5,01% na moagem de cana-de-açúcar, o setor segue aquecido, impulsionado principalmente pelo aumento da produção de etanol de milho, que registrou um avanço expressivo de 30,77% no acumulado da safra.

A produção total de etanol na segunda quinzena de fevereiro foi de 337,8 milhões de litros, sendo 94,24% desse volume proveniente do milho. Esse crescimento reflete o potencial do Brasil em diversificar sua matriz de biocombustíveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Impacto ambiental e mercado de CBios

O etanol, por ser uma fonte de energia renovável, tem papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa. A demanda crescente pelo biocombustível também impulsiona o mercado de créditos de descarbonização (CBios). Até 11 de março, a B3 registrou a emissão de 7,98 milhões de CBios em 2025, com um estoque total de 22,11 milhões de créditos disponíveis para negociação.

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