A Marca Ambiental, empresa responsável pelo Aterro Sanitário de Cariacica, anunciou o início da construção de uma planta de biometano, no Espírito Santo, com previsão de início da produção para o segundo semestre de 2025. O projeto, com investimento de R$ 70 milhões, terá capacidade para processar 60 mil metros cúbicos de biogás por dia, transformando-o em biometano, um combustível renovável.A iniciativa conta com a parceria da francesa Air Liquide, responsável pela construção da usina. A Marca Ambiental já realizava a produção de biogás para geração de energia no aterro, mas decidiu investir na produção de biometano diante das novas oportunidades do mercado.O projeto se desenvolve em um momento de mudanças no setor, com a chegada da Lei do Combustível do Futuro em 2026, que visa ampliar o uso de combustíveis sustentáveis no Brasil. Além da usina de Cariacica, a empresa também estuda a implantação de outra planta em Linhares, no mesmo estado. Segundo a Marca Ambiental, essa nova unidade pode entrar em operação antes do previsto devido à redução do ICMS sobre o gás natural no Espírito Santo, medida que entrou em vigor em janeiro de 2025 e também se aplica ao biogás, biometano e GNV.A produção de biometano acaba vista como uma alternativa para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para o aproveitamento energético de rejeitos de aterros sanitários. Um dos desafios do setor é a escalabilidade dos projetos frente à infraestrutura e capacidade de produção das empresas petrolíferas. A redução do ICMS, segundo a empresa, pode contribuir para oferecer preços mais competitivos ao mercado. Com as mudanças regulatórias e os incentivos fiscais, a Marca Ambiental pretende ampliar sua atuação na produção de biometano e consolidar sua presença no setor de energia renovável.