Cientistas chineses desenvolvem etilenoglicol a partir de biomassa, substituindo petróleo e carvão

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inovação pode reduzir a dependência de petróleo e carvão na produção de EG e aumentar a sustentabilidade do processo

m uma realização pioneira para a indústria química, cientistas chineses desenvolveram um método para produzir etileno glicol (EG) a partir de açúcares extraídos de palhas agrícolas. Essa inovação pode reduzir a dependência de petróleo e carvão na produção de EG e aumentar a sustentabilidade do processo, com uma capacidade de produção inicial de 1.000 toneladas por ano.

O EG é um material essencial, usado em produtos como fibras para roupas e garrafas plásticas, e sua demanda global ultrapassa 30 milhões de toneladas anuais. Segundo Zheng Mingyuan, pesquisador do Instituto de Física Química de Dalian da Academia Chinesa de Ciências, a China é uma das principais consumidoras de EG, com um consumo anual superior a 20 milhões de toneladas.

Tradicionalmente, a produção de EG depende de recursos não renováveis como o petróleo e o carvão, que geram altas emissões de carbono e consumo de energia. "A biomassa é a única fonte de carbono orgânico com potencial para substituir os combustíveis fósseis", destacou o professor He Mingyuan, da Universidade Normal do Leste da China e também acadêmico da Academia Chinesa de Ciências. Ele ressalta que o uso eficaz da biomassa é vital para o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental.

O processo inovador aproveita a biomassa de resíduos agrícolas, como a palha, e forma um ciclo curto de carbono, aumentando a eficiência energética e evitando a emissão de gases poluentes. Essa tecnologia é resultado de uma pesquisa iniciada em 2008 pelo pesquisador Zhang Tao e sua equipe, que desenvolveram uma reação catalítica exclusiva para converter celulose em EG. O método já possui mais de 40 patentes de invenção e é de propriedade intelectual chinesa.

Ao longo de 16 anos, o grupo de pesquisa aprimorou a durabilidade do catalisador e reduziu os custos, possibilitando que a técnica, antes limitada ao laboratório, fosse escalada para a produção industrial. Segundo Zheng, o EG produzido pela biomassa alcança 99,9% de pureza, superior à maioria das alternativas no mercado, e atende aos padrões nacionais para a produção de poliéster.

Apesar de seu custo ser ainda mais alto do que o EG baseado em carvão, a tecnologia de bio-EG oferece qualidade e pureza superiores. Zheng acrescenta que a verificação técnica em uma escala de mil toneladas é o primeiro passo para a produção em massa, preparando o terreno para plantas industriais de grande porte.


Fonte: Biomassa BR com informações da Mídia Internacional.

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