Brasil e Japão discutem uso do etanol para descarbonizar o setor aéreo em seminário internacional

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Etanol brasileiro ganha destaque como solução para descarbonização transporte, incluindo aviões

O etanol brasileiro tem se consolidado como uma alternativa promissora para a descarbonização do setor aéreo, especialmente através da sua utilização na produção de combustível sustentável de aviação (SAF).

Esse foi o principal tema discutido em um seminário realizado no Japão, organizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), com o apoio da Embaixada do Brasil em Tóquio e da ApexBrasil.

Com o setor aéreo enfrentando pressão global para reduzir suas emissões de carbono, o etanol desponta como uma solução viável graças à tecnologia Alcohol-to-Jet (ATJ), uma das rotas reconhecidas pela Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) para a produção de SAF.

Essa tecnologia converte o etanol em querosene de aviação, e o Brasil, como segundo maior produtor mundial de etanol, tem um papel fundamental a desempenhar na transição para combustíveis mais limpos.

O presidente da UNICA, Evandro Gussi, destacou que o Brasil está em uma posição estratégica para colaborar com outras nações na descarbonização da aviação, como o Japão. Segundo o especialista, o etanol brasileiro, produzido a partir de fontes renováveis como a cana-de-açúcar, oferece vantagens não apenas ambientais, mas também socioeconômicas, uma vez que sua produção gera empregos e promove o desenvolvimento sustentável nas áreas agrícolas.

"Essa via usa etanol como matéria-prima e coloca o Brasil em posição de destaque na rota de descarbonização do setor da aviação.“Nesse sentido, o nosso país tem alto potencial de colaboração com outras nações, como é o caso do Japão" ressaltou ele.

O Japão, por sua vez, tem demonstrado interesse em explorar essas possibilidades, com a participação de seus ministérios da Economia, Comércio e Indústria (METI) e da Indústria e Transporte (MLIT), além do Instituto de Economia da Energia do Japão (IEEJ), no seminário. A colaboração entre Brasil e Japão é vista como uma oportunidade para acelerar a adoção de SAF em escala global, contribuindo para que o setor aéreo alcance as metas de neutralidade de carbono estipuladas para as próximas décadas.

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