Hidrogênio Renovável e Biogás estão impulsionando a transição energética no Estado

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Junção dessas cadeias produtivas promete trazer não só benefícios econômicos, mas também reforçar o compromisso do estado com a sustentabilidade

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), contratada pela Secretaria de Estado do Planejamento, tem liderado um estudo estratégico para identificar as potencialidades e desenvolver as cadeias de hidrogênio renovável (H2R) e biogás no Paraná. A consulta pública, encerrada em 6 de setembro, recebeu 13 contribuições qualificadas que auxiliarão na priorização de medidas voltadas ao crescimento sustentável dessas energias.

Essas contribuições foram extraídas a partir de 40 temas principais, previamente identificados pela Fipe, que cobriram uma vasta gama de aspectos relacionados ao setor, como oportunidades de fomento, limitações e desafios. Participaram produtores rurais, cooperativas, associações e institutos de inovação, formando uma base sólida para futuras iniciativas.

Entre as prioridades apontadas, destacam-se a criação de certificações de capacitação, a disseminação de modelos de negócios de sucesso no setor de biogás e biometano e a centralização da governança de transição energética. Outras medidas incluem a expansão do Programa RenovaPR e a atualização do programa Descomplica Paraná, ambos focados em facilitar a adoção dessas energias.

O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, destacou a importância desse movimento para que o Paraná continue se consolidando como líder em sustentabilidade no Brasil. O Estado já é reconhecido por sua matriz de geração de energia limpa e pretende, com essa iniciativa, fomentar um ambiente de negócios atraente para empreendimentos ligados à energia sustentável.

"O Paraná já fez a transição energética 1.0, nossa matriz de geração de energia já é limpa, e foi reconhecido, pela quarta vez consecutiva, o Estado mais sustentável do Brasil, criando um ambiente de negócio para que empreendimentos se instalem aqui com esse selo verde”, comenta ele.

Rodrigo Régis, consultor da Fipe, ressaltou que as contribuições recebidas vão ajudar a construir um roadmap para implementação de iniciativas. O foco será categorizar essas propostas, definindo as de maior prioridade e impacto para o Estado.

"Levantamos as principais dores ou pontos de melhoria e começamos a criar um roadmap para implementação, identificando 40 iniciativas para isso, que agora serão categorizadas como prioritárias ou não, complexas ou de retorno rápido para o Estado”, explica Régis.

O hidrogênio renovável tem se mostrado uma área promissora para o Paraná. A Fipe atualizou os avanços recentes, incluindo a Lei do Hidrogênio Renovável e a criação do Comitê de Governança em 2024, que visa coordenar as iniciativas públicas e privadas no setor. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Fábrica de Fertilizantes Sapopema e a Potencial SAF são exemplos de empresas já envolvidas em projetos de H2R.

No campo do biogás, o Paraná tem visto crescimento acelerado, com quase 500 usinas em operação. O governo estadual adotou incentivos fiscais e adesões a convênios que promovem o desenvolvimento do setor, como a redução do ICMS em saídas internas de biogás e biometano.

Guto Silva apontou que a transição energética do Paraná será liderada pela biomassa, com políticas voltadas tanto ao pequeno produtor rural quanto às grandes indústrias, incentivando a descarbonização e a geração de empregos no estado.

A junção dessas cadeias produtivas promete trazer não só benefícios econômicos, mas também reforçar o compromisso do Paraná com a sustentabilidade e a inovação tecnológica. O desenvolvimento do hidrogênio renovável e do biogás posiciona o estado como um modelo de transição energética no Brasil.

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