Europa acelera a transição para energias renováveis com novas diretrizes da Comissão Europeia

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Em novo comunicado a imprensa na última semana, Comissão revela iniciativas para aquecimento e resfriamento, assim como combustíveis renováveis para economia mais verde

A União Europeia está buscando uma economia de baixo carbono, ao menos é o que mostra uma nota divulgada pela Comissão Europeia, onde um conjunto de diretrizes que orientam os países do bloco na transposição e implementação das revisadas diretivas sobre energias renováveis e eficiência energética foi divulgado. Essas diretrizes, que visam acelerar o progresso em setores essenciais, são parte da iniciativa "Accele-RES", e têm como foco três áreas fundamentais: aquecimento e resfriamento, integração do sistema de energia e combustíveis renováveis de origem não biológica (RFNBOs), segundo a instituição.

O setor de aquecimento e resfriamento, por exemplo, é um dos maiores consumidores de energia na União Europeia, responsável por cerca de 50% de toda a demanda energética. Assim, a nova orientação da Comissão traz os requisitos da Diretiva de Energia Renovável revisada, que impõe metas ambiciosas para aumentar a participação de fontes renováveis em sistemas de aquecimento e resfriamento distritais e industriais. Até 2030, os países da UE terão novos benchmarks nacionais para energia renovável em edifícios, incentivando o uso de fontes de energia mais limpas e sustentáveis em sistemas atualmente dominados por combustíveis fósseis.

A orientação também aborda como os países podem utilizar o calor residual de grandes indústrias e data centers, o que ajuda a tornar o uso de energia mais eficiente. Em muitos casos, sistemas de aquecimento e resfriamento distritais, que são infraestruturas que fornecem calor e frio para várias edificações, poderão receber subsídios estatais caso atendam aos critérios de eficiência energética estabelecidos pela nova legislação.

Outra parte essencial das novas diretrizes é a integração e eletrificação dos sistemas energéticos da Europa. Essa abordagem busca promover o uso de eletricidade renovável em setores estratégicos, como transporte e aquecimento, para tornar o sistema energético mais flexível e resiliente, segundo a Comissão. A instituição introduz a obrigatoriedade de que os operadores dos sistemas elétricos forneçam informações quase em tempo real sobre a participação de energia renovável e as emissões de gases de efeito estufa associadas à eletricidade fornecida aos consumidores.

Além disso, a nova legislação busca integrar fontes de energia descentralizadas, como veículos elétricos (VEs), baterias estacionárias e bombas de calor, permitindo que esses recursos participem ativamente dos mercados de eletricidade. A recarga inteligente e bidirecional, por exemplo, visa garantir que veículos elétricos possam devolver energia à rede elétrica em momentos de pico de demanda, melhorando a gestão de eletricidade renovável.

Além dos pontos citados, a transição para combustíveis renováveis em setores industriais e de transporte também ganha impulso com as novas orientações da Comissão Europeia. Os RFNBOs, que são combustíveis produzidos sem biomassa, como o hidrogênio verde, são agora parte integrante das metas da União Europeia para reduzir emissões. A nova legislação especifica como calcular o consumo desses combustíveis e como as metas para indústrias e transportes devem ser interligadas, promovendo o uso de RFNBOs em larga escala para atingir os objetivos climáticos da UE.

Segundo a Comissão, as novas diretrizes representam um marco na estratégia da União Europeia para liderar a transição global para uma economia de baixo carbono. Com essas novas orientações, os países membros terão mais clareza para implementar legislações nacionais que estejam alinhadas com as metas da UE para 2030 e 2050, principalmente no que se refere à redução das emissões de gases de efeito estufa e ao aumento da participação de energias renováveis em seus mix energéticos, segundo ela.

O pacote de medidas também destaca a importância da cooperação entre setores público e privado, e o papel das tecnologias inovadoras para a transformação energética. À medida que os países da UE implementam essas novas diretrizes, espera-se que a região continue a expandir seu papel como líder mundial na luta contra as mudanças climáticas.

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