Ações de prevenção e combate a incêndios em canaviais de MS estão sendo idealizadas pelo setor de Bioenergia e Governo do Mato Grosso do Sul

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Sistema integrado de informações tem sido um deles e visa intensificar a integração das ações e melhorar a eficácia no combate ao fogo

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), se reuniu com a Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de MS) em agosto para coordenar estratégias de prevenção e combate a incêndios nos canaviais. O encontro teve como objetivo unir esforços entre governo, Corpo de Bombeiros e usinas produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade, visando ações integradas de combate ao fogo, que tem afetado áreas de cana e outras culturas no interior do estado.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o Mato Grosso do Sul soma 962 focos de incêndio, após ter fechado agosto com 4.648 focos de queimadas. Em 2024, já são 11.029 focos de incêndios registrados. Atualmente o setor de bioenergia com uma estrutura importante de prevenção, incluindo 1.500 brigadistas e 150 caminhões-pipa, além de tecnologias de monitoramento em tempo real. Essa infraestrutura é parte do esforço das usinas em minimizar os danos causados pelos incêndios, que comprometem a operação, interrompem a colheita e trazem prejuízos ao meio ambiente e à saúde da população, segundo a Biosul.

Segundo o presidente do Comitê do Fogo, Tenente-Coronel Leonardo Congro, a criação de um sistema integrado de informações permitirá uma coordenação mais eficiente entre as entidades envolvidas no combate a incêndios florestais. A proposta é intensificar a integração das ações e melhorar a eficácia no combate ao fogo, especialmente em áreas críticas como as margens de rodovias e zonas urbanas.“Dentre os vários eixos discutidos, foi trabalhada a necessidade de maior integração, além da possibilidade de melhorar ações de aceiros nas diversas áreas de interesse. Foi uma reunião produtiva, com participação do setor e, dessa primeira reunião, outras devem acontecer, convidando mais atores, mais instituições que tenham competência na área e que possam contribuir para uma maior segurança na região de canaviais aqui do estado e do seu entorno”, reforçou ele em nota.

O diretor-técnico da Biosul, Érico Paredes, também reforçou que o setor está em alerta máximo e que a ação coordenada pode melhorar significativamente tanto a prevenção quanto o combate ao fogo. “Fogo nos canaviais é prejuízo para as usinas, compromete a operação, interrompe a colheita da cana, traz impactos ao meio ambiente e à saúde da população que vive próxima ao local”, explicou ele.

Com o fim da prática de queima na colheita da cana, as usinas têm investido em infraestrutura de prevenção, que inclui caminhões-pipa, tanques reservatórios, motoniveladoras e o uso de aeronaves em situações críticas. Além disso, campanhas de conscientização vem sendo realizadas em rádios locais e nas comunidades próximas às usinas. Outro destaque das ações integradas é o Plano de Auxílio Mútuo Emergencial (PAME), que reúne brigadas das usinas e indústrias para atuar no combate a incêndios fora das áreas de cultivo. O grupo também vem realizando ações de conscientização em escolas e comunidades locais, além de simulações de atendimento conjunto.


Fonte: Biomassa BR com informações da Semadesc.

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