O acordo realizado em Paris há dois anos, o qual debateu o aquecimento global e solicitou ações de todos os países para frear a temperatura já está obtendo resultados positivos. No Brasil, por exemplo, a participação das fontes renováveis na matriz energética cresceu seis pontos percentuais se comparada a mesma participação do ano anterior. De acordo com o Boletim Mensal de Energia, elaborado pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), as fontes que mais obtiveram crescimento em 2016 foram hidráulica, eólica e biomassa. As participações das fontes limpas passaram de 75,5% em 2015 para 82,4% em 2016. A expectativa dos especialistas é que em 2017 a geração de energia a partir de fontes limpas no país seja ainda maior, podendo assim reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera e também atingir a meta do país firmada na COP21. De acordo com o professor emérito da Universidade de São Paulo e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, José Goldemberg, a conferência de Paris contribuiu para existisse um consenso entre todas as nações de modo que todos reconhecessem a gravidade do problema e contribuíssem a favor do meio ambiente. “O que houve pois, foi um amadurecimento das políticas internas dos países em relação ao aquecimento global” ressaltou ele em sua avaliação sobre o evento. Dentre os objetivos do Brasil para atingir as metas estão o aumento da participação da bioenergia sustentável na matriz energética brasileira, a diminuição do desmatamento da Amazônia, a restauração de florestas até 2030 e o aumento da participação de biocombustíveis. Fonte: Biomassa BR