Bahia desponta como possível polo para fábrica de bioenergia de empresa árabe

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Anúncio foi realizado na última semana pelo governo do estado e envolve o uso da cana-de-açúcar

O estado da Bahia pode ser o próximo destino de um grande investimento internacional no setor de bioenergia. Em uma reunião realizada no dia 21 de novembro, no Palácio do Planalto, o governador Jerônimo Rodrigues apresentou as vantagens da Bahia para abrigar uma biorrefinaria proposta pela Al Khaleej Sugar, maior refinaria de açúcar autônoma do mundo. Também participaram do encontro o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Brasil, Saleh Al Suwaidi, e o presidente da empresa árabe, Jamal Al-Ghurair.

O projeto, avaliado em US$ 6 bilhões, prevê a construção de uma unidade no interior da Bahia destinada à produção de açúcar bruto e biometanol.

Com capacidade de processamento de até 14 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, a planta utilizará um modelo inovador que transforma o bagaço da cana em produtos como etanol e e-metanol, eliminando a prática de queima.

Além de promover sustentabilidade, o empreendimento promete gerar 50 mil empregos diretos e indiretos, impulsionando o mercado de trabalho local.

Por que a Bahia?

Jerônimo Rodrigues destacou os diferenciais competitivos do estado, como a qualidade do solo, a abundância de recursos hídricos e uma estrutura logística que inclui obras estratégicas em andamento, como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul. Segundo o governador, esses elementos fazem da Bahia o local ideal para a instalação do projeto.

O ministro Rui Costa reforçou a importância das obras de infraestrutura para o sucesso do projeto, além de sugerir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras atuem como possíveis parceiros no financiamento da iniciativa.

A negociação para a instalação da biorrefinaria na Bahia está avançando, com novos encontros previstos entre representantes do governo estadual e da Al Khaleej Sugar. O objetivo é alinhar detalhes técnicos e estratégicos para garantir a concretização do empreendimento.

Se aprovado, o projeto consolidará a Bahia como referência em bioenergia sustentável e inovação industrial, além de reforçar os laços econômicos entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos. A expectativa é de que a parceria traga benefícios significativos para a economia do estado, posicionando-o como um dos principais polos de energia renovável no país.

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