A produção de combustível sustentável de aviação, conhecido como SAF, está se consolidando como uma das estratégias mais promissoras para descarbonizar o setor aéreo, um dos mais difíceis de abater em termos de emissões de gases de efeito estufa. O Brasil, com seu histórico em biocombustíveis, tem potencial para liderar a produção de SAF, unindo a estrutura consolidada de etanol e biodiesel com políticas de incentivo à sustentabilidade energética, segundo o Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira.Vale pontuar que o combustível sustentável de aviação é uma alternativa mais limpa em comparação aos combustíveis fósseis tradicionais. Silveira aponta o SAF como um marco para a aviação, contribuindo não apenas para a redução de emissões de carbono, mas também como uma oportunidade de inovação e desenvolvimento econômico. Segundo ele, o Brasil está bem posicionado para liderar essa produção, gerando empregos e reforçando o compromisso com uma transição energética justa e inclusiva.“O combustível sustentável de aviação representa um marco na busca por uma aviação mais limpa e responsável. É uma solução concreta para reduzir as emissões de carbono do setor aéreo, além de abrir oportunidades para a inovação e o desenvolvimento tecnológico no Brasil. Nosso país tem todas as condições de se tornar referência na produção de SAF, gerando empregos, valorizando a cadeia produtiva e reafirmando o compromisso com a transição energética justa, segura e inclusiva”, ressalta ele.A Lei do Combustível do Futuro (Lei n.º 14.993/24), criada pelo Ministério de Minas e Energia, também passa a ser decisivo na construção de um ambiente regulatório para incentivar o SAF. Com essa estrutura jurídica, o país avança em sua agenda de descarbonização, oferecendo incentivos para o uso de combustíveis alternativos no setor aéreo, o que pode aumentar a competitividade do Brasil no mercado global de combustíveis sustentáveis.Além dos ganhos ambientais, o desenvolvimento do combustível renovável tem potencial para gerar novos empregos e movimentar a cadeia produtiva, ampliando o papel do Brasil como fornecedor de energia renovável. A produção de SAF, a partir da diversificação das matérias-primas e da capacidade produtiva nacional, reforça a visão de sustentabilidade do Brasil, que já é um dos maiores produtores globais de biocombustíveis, ocupando o segundo lugar em etanol e com relevância na produção de biodiesel.“Considerando que já somos um dos líderes globais na produção de biocombustíveis, sendo o segundo maior produtor de etanol e um dos maiores produtores de biodiesel, temos a estrutura para chegar à produção de SAF de forma muito eficiente” pontuou Silveira.Para que o combustível renovável se torne uma alternativa viável e amplamente utilizada, o Brasil e outros países da América Latina têm trabalhado na formulação de políticas públicas e regulatórias que incentivem seu desenvolvimento. No entanto, o estabelecimento de uma legislação eficaz ainda representa um desafio, exigindo uma colaboração ativa entre governos e o setor privado. Com essas políticas e parcerias, o Brasil pode não apenas atender ao mercado interno, mas também se destacar como exportador de SAF, colocando-se como referência em inovação e sustentabilidade no setor de aviação.