Geração distribuída contribui para a segurança energética e reduz os custos e riscos associados à transmissão de energia

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Tema foi bastante explorado esta semana na 24ª edição do Fórum GD Centro-Oeste, que aconteceu em Cuiabá, Mato Grosso

O mercado de energia renovável no Brasil tem mostrado um crescimento robusto nos últimos anos, refletindo a importância da sustentabilidade e do desenvolvimento econômico. Tiago Fraga, diretor do Grupo FRG Mídias & Eventos e responsável pela 24º edição do Fórum Regional de Geração Distribuída (Fórum GD), abordou o assunto durante uma entrevista da rádio CBN de Cuiabá, onde trouxe para o debate temas importantes que impactam diretamente a vida dos consumidores de energia elétrica e a evolução do setor no país.

Fraga iniciou sua carreira no campo das energias renováveis em 2010, quando a energia solar fotovoltaica começava a ganhar destaque no Brasil. Desde então, o Grupo FRG tem se dedicado à disseminação de conhecimento e ao incentivo do uso de fontes de energia sustentável por meio de publicações impressas, anuários e revistas. O foco sempre foi trabalhar em cima das energias renováveis e da sustentabilidade.

Potencial regional para Energias Renováveis

Com suas dimensões continentais, o Brasil apresenta aptidões regionais distintas para diferentes fontes de energia. No Mato Grosso, por exemplo, há um enorme potencial para a energia solar e a biomassa, enquanto a energia eólica não é tão viável devido às características climáticas da região. Tiago pontua que, apesar das dificuldades iniciais, o engajamento da sociedade e o apoio de políticas públicas têm sido fundamentais para o crescimento do setor. "Desde 2012, com a implementação da lei que permitiu ao consumidor gerar sua própria energia, vimos uma transformação significativa", disse.

Geração Distribuída de Energia

Um dos principais tópicos discutidos foi a geração distribuída de energia. Este modelo, que difere da geração centralizada tradicional, permite a produção de energia no local ou próximo ao ponto de consumo. Isso traz benefícios não apenas na redução da conta de energia, mas também na valorização dos imóveis. Tiago explica que a geração distribuída contribui para a segurança energética e reduz os custos e riscos associados à transmissão de energia em longas distâncias.

"Isso tem um impacto real, não só na conta de energia elétrica que a pessoa recebe no final do mês, mas também acaba valorizando o imóvel, embeleza a fachada, coloca valor agregado no imóvel. Então a gente acredita que esse segmento vai continuar" explica Fraga.

Atualmente a matriz energética brasileira tem se destacado entre as mais renováveis, a predominância da energia hídrica e o crescimento significativo da energia solar fotovoltaica, que atualmente representa 18,2% da matriz, por exemplo, se mostram fontes poderosas em busca da transição energética eficiente. A energia eólica, concentrada principalmente no Nordeste, também desempenha um papel importante, contribuindo com 13% da geração total. No entanto, Fraga alerta para a necessidade de buscar alternativas mais sustentáveis em detrimento de fontes poluentes como o carvão mineral e o petróleo, a biomassa, por exemplo, também é um bom exemplo disso.

"A biomassa que tá muito focada no setor sucroalcooleiro, aquela região de São Paulo, onde a cana é muito forte. Mas o setor sucroalcooleiro hoje é o único setor autossuficiente, então ele gera toda a energia que se consome para poder atender a demanda de processo interno desse setor e é abastecida por essa fonte de biomassa e além de tudo repassa um pouco de energia para a rede" explica Fraga.

Durante a entrevista, Tiago também abordou a importância de eventos e feiras no setor de energias renováveis. "Esses eventos criam um ambiente propício para negócios e investimentos, incentivando a troca de experiências e a inovação", afirmou. Com um portfólio de 25 eventos anuais, oito revistas e prêmios de incentivo, o Grupo FRG continua a escrever a história da inserção das energias renováveis na matriz energética brasileira.

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