A Raízen Energia, maior grupo sucroalcooleiro do país, anunciou está semana que colocará sua unidade de produção de biocombustível em operação. Localizada em Piracicaba, São Paulo, e integrada à usina Costa Pinto, que produz etanol convencional, a empresa tem como objetivo começar a produção de etanol celulósico ainda em novembro.Em busca de um etanol celulósico economicamente viável, a nova fábrica do grupo utilizará inicialmente o bagaço da cana, porém já está em testes a produção com a palha trazida dos canaviais. De acordo com Pedro Mizutani, vice-presidente da companhia, a expectativa é conseguir um produto de segunda geração, mas com o mesmo custo da primeira, que seria aproximadamente R$ 1,10 por litro. A nova fábrica contou com um investimento de 230 milhões de reais, sendo que destes 207 milhões foram financiados pelo BNDES. A capacidade de produção da empresa está em 40 milhões de litros por ano. Caso o novo empreendimento da empresa tenha êxito em suas metas, ao grupo planeja construir até 2024 mais sete unidades de etanol celulósico, o que significa um aumento considerável de biocombustível no país. Apesar das expectativas estarem boas, Mizutani ressalta que ainda há muito que percorrer para incluir a tecnologia de segunda geração a outras usinas. A maior parte da palha utilizada para testes está sendo destinada a produção de energia, além dela a empresa também comprou bagaços, eucaliptos, palha de arroz e poda de árvores de terceiros para poder elevar a sua produção de energia em 10%. “O preço da biomassa, antes na casa dos R$ 60 a tonelada, subiu a R$ 200 neste ano. Se o governo reduzir o teto do preço de referência para o mercado livre, a tendência natural é que esse esforço também seja reduzido” explica ele. Fonte: Biomassa BR
