O potencial do Brasil em relação à geração de bioenergia vem sendo discutido nos últimos anos. Para a especialista em bioenergias da B2L Investimentos, Danielle Limiro, o Brasil possui um grande potencial em energias renováveis, mas infelizmente não o aproveita. O não aproveitamento aumenta ainda mais a dependência das hidrelétricas.Os ventos fortes de determinados estados e a safra de cana de açúcar que acontecem nos períodos de seca do país, por exemplo, poderiam ser utilizados para a produção de energia eólica e da biomassa, a qual usaria o bagaço da cana. Segundo dados do Boletim de Operação das Usinas, elaborado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) o país possui um potencial de 300 GW para instalação de energia eólica no país, porém utiliza apenas 4,8GW. Já os dados da Biomassa, o potencial poderia seria equivalente a uma Usina de Itaipu, mas responde apenas 5% do consumo nacional. O diretor de sustentabilidade da PWC, Carlos Rossin ressalta que as energias alternativas seriam uma forma de complementar à energia vinda da matriz hidráulica e poderiam ser utilizadas, não somente na época de estiagem, mas também todo o ano pois o consumo de energia vem em grande crescimento. “Independentemente do clima, o Brasil precisa incorporar outras fontes à matriz, para atender ao crescimento do consumo” comenta ele. Com a falta de chuvas e a baixa nos volumes de água atualmente, as usinas térmicas são as mais utilizadas pelo país para suprir o alto consumo de energia, no país esse tipo de usina corresponde por 27,1% da capacidade gerada. Segundo a CCEE, se a usina térmica fosse substituída pela usina eólica, o preço do MW/h que custa em média 200,00 reais passaria a ser mais barato chegando ao valor de 130,00 reais. Já a questão voltada para a produção de energia nuclear no país ainda está apenas no papel. Os projetos anunciados pelo Ministério de Minas de Energia em 2008, os quais previam cerca de 50 usinas, ainda não foram projetados. Para Limiro, o Brasil tem capacidade de suprir sua necessidade energética sem a instalação dessas usinas, pois segundo ela a implantação delas resultaria em outros problemas como a destinação do lixo atômico gerado, o que poderia não contribuir com o meio ambiente também. Fonte: Portal Biomassa BR
