Biodiesel

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Maior uso de biodiesel fará do Brasil segundo maior produtor mundial

O diretor superintendente da Aprobio, Julio Cesar Minelli, representou a entidade ao fazer palestra nesta terça-feira (26/8) do VII Simpósio Internacional de Combustíveis em São Paulo, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

Julio enfatizou o momento de transição da evolução da oferta de biodiesel do B6 (6% de mistura por litro de diesel fóssil) desde julho passado para B7 a partir de novembro, depois de uma estagnação de quatro anos no B5, o que chegou a fechar usinas e suspender investimentos planejados, com uma capacidade instalada ociosa de 63%.
Agora, com o B6 e o B7 este ano, a produção, de 2,9 bilhões de litros em 2013, passará para 3,5 bilhões de litros até dezembro e, em 2015, com o B7, pode chegar a 4,3 bilhões de litros. Este aumento pode devolver ao país a segunda colocação no ranking mundial de produção, atrás dos Estados Unidos.

Julio Minelli salientou que, ainda assim, a indústria terá uma ociosidade de 45%. "O Brasil está pronto hoje para atender um mercado de B10 (10% de mistura por litro de diesel fóssil) - disse ele -, sem comprometer a oferta de matérias primas, que se diversificam cada vez mais, pois a capacidade instalada de produção é de 7,904 bilhões de litros por ano".

Segundo ele, com a manutenção do B7, o setor produtivo precisará de novos investimentos somente em 2023, sejam em novas plantas ou na ampliação da capacidade de processamento das atuais 60 usinas do parque fabril brasileiro. Mas num cenário de B15 em 2022, seriam necessários quase R$ 11 bilhões a partir de 2017 em novas unidades e aumento da capacidade de extração do óleo.

O executivo da Associação descreveu a trajetória do biocombustível na história recente da matriz energética do país, desde a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel até os dias de hoje.

Desde meados do ano passado o biodiesel cai de preço nos leilões da ANP, a ponto de estar abaixo ou igual ao pago pela Petrobras pelo óleo diesel importado. De 2008 ao ano passado, o Selo Combustível Social já transferiu R$ 8,5 bilhões para o homem do campo, em aquisições de matérias primas e oferta de assistência técnica e fornecimento de insumos, o que faz do PNPB o único programa do mundo de produção de bioenergia com inclusão social rural.

Além disso, o pequeno agricultor brasileiro se torna em um pequeno agroindustrial, pois a assistência técnica oferecida pelas usinas permite que ele empregue as técnicas agrícolas aprendidas para outras culturas, diversificando sua lavoura e aumentando a produção, com maior produtividade.

Segundo a Fundação de Estudos Econômicos (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), a produção de biodiesel evitou, de 2008 a 2011, gastos de R$ 11,5 bilhões em importação de diesel fóssil. Com o B7 a ser adotado no final do ano, serão importados menos 1,2 bilhão de litros, numa economia de US$ 920 milhões por ano.

A Fipe apurou também que, no mesmo período, o uso do biocombustível evitou a emissão de 11 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente. Foi quando sua presença no diesel evoluiu de 2% a 5%. A Câmara Setorial do Biodiesel, do Ministério da Agricultura, preparou estudo em que mostra que cada ponto percentual a mais do óleo verde no fóssil corresponde à plantação de 7 milhões de árvores por ano.

Fonte: Aprobio

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