Economia

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Importação brasileira é 2ª que mais cresce

O Brasil fechou o ano passado entre as grandes economias que mais aumentaram as importações de produtos, segundo a OMC (Organização Mundial do Comércio).

O país aumentou em 7% as compras de produtos do exterior em relação a 2012, empatando com a China e os Emirados Árabes Unidos. Em média, os demais países aumentaram as importações em 1%, segundo a organização.

O crescimento brasileiro só foi inferior ao de Hong Kong (alta de 12%), região administrativa especial chinesa que a OMC contabiliza de modo separado da China --a alfândega do gigante asiático também faz essa distinção.

O Brasil subiu, desta forma, um degrau na lista de maiores importadores, para o 21º lugar.

O avanço das importações ocorre num momento em que o Brasil aumenta o uso de medidas de proteção.

No ano passado, o governo bateu recorde de medidas aplicadas contra países acusados de vender produtos no Brasil a preços abaixo dos praticados em seus próprios mercados, as chamadas medidas antidumping.

O país é hoje um dos que mais se valem do instrumento, que é permitido entre as regras da OMC.

O avanço nas importações não é por si só um problema. Os três países que mais compram bens do exterior (China, EUA e Alemanha) são os mesmos que lideram o comércio mundial em exportações.

O problema é que, em 2013, as vendas de produtos brasileiros ficaram estagnadas --a queda foi marginal, de 0,16%. Os demais países aumentam suas exportações em 2% em média, segundo a OMC.

Com isso, o Brasil seguiu no fim do ranking dos maiores exportadores.

Ficou com o 22º lugar entre os 30 maiores países listados, atrás de emergentes como Rússia, Índia e México.

No comércio de serviços, o desempenho brasileiro chamou a atenção do órgão, que responsabilizou o país por "boa parte do declínio" no valor dos serviços exportados pela América do Sul e Central.

As vendas brasileiras nesse segmento caíram 2%, enquanto no resto do mundo houve avanço de 6%.

Esse desnível tirou o Brasil da lista dos 30 maiores exportadores de serviços. Em 2012, o Brasil era o 29º.


Comércio mundial

A OMC também divulgou sua previsão para o crescimento do comércio global em 2013. A expectativa é que haja aumento de 4,7%, um avanço expressivo ante os 2,1% do ano passado.

A taxa, contudo, ainda é menor que a média dos últimos 20 anos. A organização é otimista e acredita que tal patamar será atingido em 2015, quando o comércio global crescerá 5,3%.

O brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC, lembrou que a organização não pretende acertar o número exato, mas apenas indicar uma tendência.

"Se a previsão for precisa, será por acaso, honestamente." Ele afirmou que as estimativas são baseadas na expectativa de que a Ásia seguirá crescendo mais do que as demais regiões.

Ele pontuou ainda que uma melhora no desempenho da Europa representaria grande ganho, já que a União Europeia representa um terço do comércio global.

Renata Agostini
Fonte: Folha de S. Paulo

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